“Não quero prosseguir esta
encíclica sem invocar um modelo belo e motivador. Tomei o seu nome por guia e
inspiração, no momento da minha eleição para Bispo de Roma. Acho que Francisco
é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia
integral, vivida com alegria e autenticidade. É o santo padroeiro de todos os
que estudam e trabalham no campo da ecologia, amado também por muitos que não
são cristãos. Manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos
mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, a sua dedicação
generosa, o seu coração universal. Era um místico e um peregrino que vivia com
simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a
natureza e consigo mesmo. Nele se nota até que ponto são inseparáveis a
preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenhamento na
sociedade e a paz interior.”
Tal como acontece a uma pessoa quando se enamora por outra, a reação de
Francisco, sempre que olhava o sol, a lua ou os minúsculos animais, era cantar,
envolvendo no seu louvor todas as outras criaturas. Entrava em comunicação com
toda a criação, chegando mesmo a pregar às flores «convidando-as a louvar o
Senhor, como se gozassem do dom da razão».
Se nos aproximarmos da natureza e do meio ambiente sem esta abertura
para a admiração e o encanto, se deixarmos de falar a língua da fraternidade e
da beleza na nossa relação com o mundo, então as nossas atitudes serão as do
dominador, do consumidor ou de um mero explorador dos recursos naturais,
incapaz de pôr um limite aos seus interesses imediatos." In Carta Encíclica Laudato Si´do Santo Padre Francisco sobre o Cuidado da casa comum.
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